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Você já parou para pensar no que existe por trás de um sorriso bonito? A verdade é que para conseguir resultados estéticos satisfatórios, o cirurgião dentista tem ao seu lado um grande aliado: o técnico em prótese total. Por ser um profissional que trabalha mais nos bastidores, pouca gente se preocupa com isso e muitas pessoas sequer sabem o que ele faz, mas ele é extremamente importante na construção de um belo sorriso.
É claro que, como em todas as profissões, existem diferentes tipos de profissionais no mercado, mas para bons resultados, o cirurgião dentista deve optar por um protético Premium, que é um profissional que reúne características que vão garantir um trabalho de alta qualidade.
O trabalho do protético é fundamental na construção de um belo sorriso
a parceria entre protético e dentista é fundamental
Mas qual o papel do protético? Para ficar mais fácil vou fazer uma analogia: imagine uma pessoa que perdeu uma perna. Quem vai tratar do paciente é o médico, mas quem vai construir a prótese é um profissional especializado neste tipo de estrutura. Na odontologia é o protético que vai construir as peças que serão cimentadas, parafusadas ou encaixadas nos seus dentes.
O trabalho do protético começa junto com o cirurgião dentista com o estudo do caso. Juntos eles vão decidir qual o melhor formato e cor para seus dentes. (
Veja um post sobre isso aqui). Depois disso é feito um molde para que o profissional possa esculpir as peças em cera e transformá-las em cerâmica através de um processo de injeção, muito semelhante à fabricação de uma joia. É um processo extremamente artesanal, até nos dias de hoje.
E é com formatos finos e delicados, como uma joia mesmo, que o protético trabalha: quanto mais habilidoso ele for, mais finas serão as estruturas. A vantagem é que, dessa forma,
o procedimento será menos invasivo, ajudando a preservar a estrutura natural dos dentes.
Outra habilidade extremamente desejada em um protético, é que ele consiga copiar um dente natural da forma mais realista possível. Ele deve se esforçar muito para entregar um dente que tenha a mesma
cor, textura e forma dos dentes originais, tudo para entregar um sorriso extremamente personalizado e natural para o paciente. Resumindo: o protético Premium é um verdadeiro artista.
E mais: o protético Premium e o cirurgião dentista devem ter uma ótima sinergia, uma parceria na qual exista muita confiança, diálogo, amizade e admiração entre estes dois profissionais.
Abaixo exemplo de como devem ser os dentes: bonitos e naturais.
E quanto ao custo?
Como já falamos em posts anteriores sobre este assunto, não existe milagre. Um bom profissional tem seu custo. No caso do protético Premium, deve-se levar em conta o tempo investido em estudos para aprender as técnicas, aperfeiçoamento profissional para acompanhar as novidades e o quanto tempo de prática ele tem. Para se ter uma ideia, o protético representa cerca de 30% do custo de um tratamento. Penso que não é uma boa ideia economizar com este profissional para aumentar a margem de lucro. É aquele ditado do “barato que sai caro”. Os tratamentos vão durar menos, as peças não vão se parecer com dentes naturais e provavelmente o paciente ficará insatisfeito.
Sou a favor de que o cirurgião dentista estude a fundo os processos laboratoriais para conseguir entender qual a função do protético e valorizar este profissional
Existe um movimento no Brasil e no mundo que defende a substituição do trabalho do protético por máquinas chamadas de CAD/CAM. A justificativa é que sua utilização substituiria o protético e reduziria o custo do tratamento, mas não é bem assim. Para conseguir bons resultados com estas máquinas, é preciso que você tenha um protético excelente para compensar as limitações desta tecnologia. Outra ideia para reduzir o custo, seria a de que o cirurgião dentista poderia aprender a fazer o trabalho do protético. Não recomendo nem uma coisa nem outra. No caso da CAD/CAM, esta máquina não é capaz de entregar peças de excelência em todos os aspectos como as feitas por um protético Premium. Também não concordo com a ideia de o cirurgião dentista assumir esta função. Ele já tem responsabilidades demais e é importante que ele saiba dividir esta tarefa com um bom protético. Entretanto sou a favor de que o cirurgião dentista estude a fundo os processos laboratoriais para conseguir entender qual a função do protético e valorizar este profissional que tem uma carreira e funções próprias. Juntos, protético e cirurgião dentista poderão fazer tratamentos extremamente personalizados que farão a diferença na vida das pessoas entregando próteses minimamente invasivas, naturais e que durem muito tempo.
Veja abaixo alguns casos dessa parceria bem-sucedida:
Esta peça é uma Onlay, que é restauração parcial de um dente. O cirurgião dentista faz o preparo e o molde. A partir daí o protético produz esta peça que é colada no dente e recupera o que o paciente perdeu, seja por cárie, trauma ou fratura, por exemplo. Note que todas as características de um dente natural estão presentes nesta estrutura.
Atenção também para as bordas finas, minimamente invasivas. Neste caso foram feitas três coroas de cerâmica pura de forma manual. A adaptação destas peças na boca do paciente deve ser perfeita por dois motivos: o primeiro é a
durabilidade, e a segunda é evitar que a gengiva fique vermelha e inflamada. E mais: no caso de não haver uma boa adaptação, o dente pode sofrer um processo de cárie e o tratamento pode acabar sendo perdido.
Note a semelhança entre os três dentes de baixo (naturais) e as próteses. Nos dois casos a gengiva se manteve rosa, sadia e a harmonia e arquitetura preservadas.
Outro bom exemplo: essa foto demonstra o acabamento de uma faceta bem fina e sua adaptação próxima da gengiva. Este é um trabalho literalmente microscópico e de difícil realização. O protético deve ser extremamente competente e habilidoso para conseguir este resultado.
Peça de
protocolo imediato para boca inteira, feita em resina e com detalhes de uma gengiva natural. A reprodução de uma peça como esta em resina é de difícil execução. Note a naturalidade do resultado.
Esta estrutura está segmentada e será soldada. Depois será unida por baixo da prótese. A resistência desta estrutura depende do material metálico que foi utilizado e pela liga e forma pelo qual foi feito o processo de fundição. Essa estrutura metálica, que também é feita por um protético, vai ficar por baixo da prótese. A
durabilidade a longo prazo está intimamente ligada com a capacidade e dedicação do técnico.
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Dr. Heitor Bernardes Cosenza Cirurgião Dentista pela Faculdade de Odontologia de Bauru – USP, Especialista em Implantodontia pela Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, Mestre em Implantodontia pela USC Bauru, Pós-graduado em Odontologia Estética pelo SENAC São Paulo e Coordenador da Especialização em Prótese Dentária da F1 Cursos.
5 Comentários
Você pode entrar em contato comigo por email , tenho muitas dúvidas! Obrigado
Pelo site co1.com.br você consegue nos enviar e-mail.
Após se colocar lentes de porcelana é possível se reverter o processo ou deve-se realizar a troca delas por outras quando necessário? Obrigada!
Olá Karina, lentes de contato, geralmente não são reversíveis. Na verdade, se um caso for possível reverter, geralmente é porque os dentes já eram tão bons que nem precisavam das peças de porcelana. As vezes com clareamento e alguns acréscimos de resina, seria possível o mesmo resultado. Uma vez que um paciente se submeteu a este tratamento, se quiser trocar, provavelmente vai precisar colocar uma nova, o que não implica em maior desgaste. Pessoas que fizeram tratamentos com lentes de contato bastante jovens, provavelmente terão que trocar algumas vezes ao longo da vida, o que não significa que o tratamento não é duradouro e também não significa que os dentes serão mais desgastados a cada troca.
Bastante esclarecedor, muitíssimo obrigada!!! Realmente pensei q se desgastava cada vez mais a cada troca!